"São Paulo, 10 de maio de 2001.
Meu nome é Marthia Pasquali de Yema, mas todos me chamam de Márcia
rg nr. 7.896.691-0. Nasci no Rio de Janeiro, Leme em 13 do 5 de
1949.
Me criei em São Paulo, na Bela Vista, Rui Barbosa. Eu, Márcia,
morava na Barão de Tatuí, 493, na pensão do seu Salvador Donatelle
Sposito em um quarto e cozinha por mais de 12 anos, onde em julho e
agosto de 1998, eu Márcia fui vítima de assassinato.
Furaram as paredes do meu quarto, com furadeira e puseram gás dentro
do meu quarto através dos furos. Eu não morri, o gás era gelado,
parece que misturado com tintas usadas por o genro do seu Salvador.
Eles
todos dentro da pensão, em um quarto cedido por seu Salvador, em
cima perto do quarto que era da dona Francisca Rosa que morreu.
Colocaram uma câmera da TV Globo enfiada em um buraco da parede
do meu quarto, eu os ouvia muito bem tudo que falavam. O Saulo
Kankrest, seus irmãos gêmeos, Pinna Rosse Savio, Alberto Klogen
Filho, Alberto Klegen pai. Dr. Vila Lobos, Dr. Fido Chao, meu
ex-marido
Ricardo Ismael Yena, as inquilinas.
Foi então que colocaram uma antena parabólica no muro da pensão
perto do meu quarto e colocaram gás, veneno da índia, gas atômico
nuclear. Diz o Saulo que foi a Mariele Saraiva Leão que colocou
ferros da máfia chinesa nos meus pés e corpo. Só sei que meu pé
inchou muito. Aquele gás maligno entrou no meu corpo, na minha alma,
ser.
A dor difícil de defini-la. Dei um grito de dor, pedindo ajuda, mas
ninguém me ajudou. Enquanto isso eu tentava salvar minha vida com
água que Deus me deu. A idéia de jogar água sobre meu corpo. Peguei
meu baldo verde, peguei água do tanque da Edite e joguei água sobre
meu corpo.
Coloquei a cabeça sob a torneira do tanque. Enquanto eles diziam, Ô
Saulo, aumenta a dose. Os outros, Mata! Mata! Mata!, dizia o Dr.
Villa-lobos, mata essa desgraçada que ela passou Aids prá mim. Sendo
que quem deve ter aids é ele. Embaixo das axilas cheias de caroços.
Eu
transei sim com Villa-lobos, no Hotel dna Viridiana, com camisinha.
Já estava a 14 anos sem transar com ninguém.
Eu, Márcia, não tenho aids, não tenhão câncer, não tenho doença
nenhuma. E sim eles. E elas. Não sou bicha, não sou guey, não sou
sapatona, não sou redenvu, não sou tracatoeira(???). Sou fêmea, mãe
de dois filhos.
Transei com este pastor maligno que eu não sabia que era pastor por
obra e graça do satanás, gente deles. O gás ficou saindo da antena
semana, dias. Após eu mudar de lá continuou saindo e a camera
filmando toda pensão. Seu Salvador Donatelle todos os dias via o gás
saindo da antena. À noite ele aumentava a dose. Entrava todo dentro
do meu corpo e dentro do meu quarto também continuava cada vez mais
a sair pelos furos da parede. O Alberto Hegeu Pai falou ao Saulo
cuidado ela é muito inteligente.
Foi então que eu falei Quem está aí? Falei o nome de cada um e
perguntei por que queria me matar. O Saulo falou: Ela descobriu tudo
e agora?
Abaixo, um fac-semile de uma das folhas:
Esta é a foto da autora do texto, Marthia.
Segundo informações do Blog INFODINÂMICO, depois que tentaram matá-la, tal ela descreve acima, Marthia foi morar nas ruas.
Hoje em dia é conhecida como a Xuxinha de Higienópolis, mas isso é uma descrição popular sarcástica, na verdade, ela é uma grande poetisa e uma pop star incompreendida.
A começar pelo nome.