Entre tantas outras coisas, a Holanda também é o país das
bicicletas.
Um país pequeno e plano, onde é fácil pedalar,.
Todo o país é cortado por uma malha de ciclovias. Elas estão paralelas às todas as ruas,
cruzando calçadas e rodovias. São providas de sinais e sujeitas a
regras de trânsito, como numa rodovia normal.
A bicicleta é então um item indispensável para quem vive nas
cidades. Com exceção dos ganeses, holandeses, brasileiros, egípcios
e antilhanos, todos se juntam na dança circular dos pedais, mesmo no
frio ou às vezes até na chuva.
Os africanos alegam que não vieram da África pra pedalar aqui na
Europa; alegam que, se fosse pra passar a vida pedalando, ficariam
mesmo lá na África.
Outro motivo para o uso da bicicleta é o sistema de transporte
coletivo: caro, complicado e lento.
Para cobrir os cinco quilômetros da minha casa até a casa onde mora
o meu filho (pois pra quem não sabe, sou separado da holandesa com
quem tive um filho), eu tenho que tomar um ônibus, um metrô, (ou
trem) e depois um bonde. Isso leva 45 minutos e custa dois euros e
cinqüenta pra mim e e mais dois euros e cinquenta pro meu filho, ida e volta.
De bicicleta este trajeto leva no máximo 30 minutos.
Assim, vamos nós dois juntos: pai e filho pedalando.
Super rápido. Isso é, quando a criança não resolve empacar pelo caminho, mas nada que uns bons petelecos não resolvam a situação.
Me separei da holandesa, mas não me separei da bicicleta.
Foto tirada no bicletário onde guardo a minha amiguinha.