Zoraide havia prometido a sua vovozinha antes de morrer, que seria uma famosa manicure.
Sua avó morreu e seu sonho nunca realizou-se.
Ao invés disso, tornou-se uma atendente de cozinha de uma repartição pública.
Seu grande desejo de ser visagista nunca deu certo por causa de uma paixão louca por Agenor.
Ela abandonou o curso do SENAC pela metade pra ir morar com ele no Morro dos Cavalos.
Lá descobriu, que era tudo mentira o que ele contava.
As índias não faziam unhas do pé, nem tão pouco havia por lá um polo industrial.
O polo mais perto que existia era Paulo Lopez, que o pessoal pronunciava Polo, ao invés de Paulo.
Era só índio, mato e o Agenor.
Desesperada, ela voltou pra Florianópolis e tornou-se funcionária pública, na universidade local.
Certo dia, servindo café e bolo numa conferência indigenista, ela vê o Agenor numa foto, rodeada daqueles índios mulambentos.
Um certo professor apontava a foto projetada na parede e referia-se a eles como exemplos de bons selvagens.
Ninguém até hoje conseguiu explicar quem arremesou a faca de cozinha na tela, cortando dois dedos do professor Coelho.
Neste momento Zoraide estava no banheiro chorando de raiva e de ciúme, e não sabia o significado da palavra telecinésia.
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