TEXTOS PARA TEATRO

 

ATAÍDE, AI DE TI
 

Teatro de rua com máscaras. 
Peça de teatro com temática adolescente. Trata de um adolescente que sai de casa.

Interesse? Clique AQUI .

 
 
 
(O GAIVURU ABAIXA-SE NO MEIO DO PALCO. ENTRAM OS OUTROS ATORES COMO CRIANÇAS, PULANDO CARNIÇA.) 

Marlio: Está todo mundo aí? 

As duas atrizes: eu estou. 

Duda: todo mundo nasceu?

Os outros: eu nasci. 

Elisa: a vida taí? 

Os outros - tá. 

Márlio: Então vamos brincar. 
 

(DEPOIS DE UMA COREOGRAFIA REPRESENTANDO BRINCADEIRA, ELES PARAM.) 

Márlio: Nasci numa ilha, ilha menina! Querida filha da mãe continente, chamada Catarina. 

(NOVA MOVIMENTAÇÃO E NOVA PARADA.) 

Elisa: Nasci na lagoa do peri, mas meu amor mora no Sambaqui. 

(MOVIMENTAÇÃO E PARADA.) 

Duda: Nasci em canasvieiras, mas na Armação fui fazer besteira...

(OS ATORES SE MOVIMENTAM E PERCEBEM QUE O ATOR QUE REPRESENTA O GAIVURU ESTÁ PARADO NO CENTRO DO ESPAÇO CÊNICO.) 

Márlio: E você, onde nasceu? 

Gaivuru: Eu não nasci... 

(TODOS OS OUTROS ATORES SE RIEM DELE.)

Duda: E por que você não nasceu? 

Gaivuru: Porque ninguém quis me parir. 

Elisa: Ninguém quis parir você? 

Márlio: Espera um pouco. - (VAI À BEIRA DO ESPAÇO CÊNICO E GRITA PRA FORA:) - Mãããee, que ter mais um filho? 
(PAUSA): Ela disse que não, já tem muitos filhos... (SAI).

Duda: (Gritando Também Pra Fora) Mãããee, quer parir mais uma pessoa? É que tem um aqui que ninguém quis parir... 
(PAUSA) Ela também disse que não. (SAI.) 

Elisa: Mãe, faça ele nascer, mãe. (PAUSA) Ih, ela também disse que tá difícil, sabe o salário... 
(SAI.) 
Gaivuru: E assim, ninguém quis me parir. Foi quando eu já cansado, resolvi adormecer numa praia onde sobrevoam gaivotas e urubus. 
E acordei com um grito enorme, muito forte. Olhei pra mim e vi que já tinha nascido. Como à minha volta só vi gaivotas e urubus, resolvi me chamar Gaivuru.


 

PARA ADQUIRIR O TEXTO-----> AQUI: LULU.COM